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Em março, quando foirevogada a licitação para a venda dos terrenos públicos do Parque das Rosas , na Avenida Jornalista Ricardo Marinho e na Rua Capitão Jomar Bretas, na Barra da Tijuca, os moradores do entorno respiraram aliviados. No entanto, no início de julho, as áreas, que hoje são do Instituto de Previdência e Assistência do Município do Rio de Janeiro (Previ-Rio), voltaram a figurar no site de licitações de imóveis da prefeitura, mesmo após a promulgação da lei complementar 203/2019 , que determina que os terrenos abriguem instalações de serviço público ou sejam usadas para convivência, lazer e esportes . O valor pedido pelos dois espaços, oferecidos como um só terreno, é R$ 23,2 milhões.
— O prefeito não nos dá sossego. Não entendemos que interesse alguém pode ter em comprar o terreno se não vai poder construir nele. Temos uma ação no Ministério Público e estamos aguardando os próximos passos da Câmara dos Vereadores — diz Cleo Pagliosa, presidente da Associação de Moradores e Amigos do Parque das Rosas (Ama Rosas).
O deputado estadual Carlos Caiado, um dos autores da lei complementar 203/2019, também lamenta:
— Existem inúmeros terrenos na cidade que estão vazios e poderiam ser vendidos. O do Parque das Rosas é utilizado pelos moradores, pela igreja e por uma escola. Sua utilização para uso público está garantida, e vamos cobrar o cumprimento da lei, porque é esse o anseio da população.
Apesar de a oferta estar no ar na última terça-feira, a Previ-Rio informou que a licitação para a venda do terreno foi adiada e não há previsão de nova data. Garante ainda que a legislação não prevê restrições para construção no local.