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A CEDAE sempre foi um problema no Rio de Janeiro. Desde o abastecimento problemático até às constantes falhas em projetos e até a tentativa do ex-governador Pezão de privatizar a empresa.
Mas desde que o governador Wilson Witzel assumiu o estado, mudanças foram feitas. Todas praticamente políticas.
A CEDAE passou a ser presidida por Hélio Cabral, investigado no caso da Samarco, em Mariana em 2015, mas quem dá as ordens na empresa é Pastor Everaldo, ex-candidato a presidência da república e ao senado, presidente nacional do PSC.
Foi Everaldo que indicou a demissão e os cortes de diversos profissionais que compunham o quadro técnico da CEDAE desde o início de 2019.
Foram mais de cinquenta funcionários demitidos com vários anos de casa, todos quadros técnicos Caso do gerente de Controle de Qualidade,José Roberto Dantas; de Álvaro Henrique Verocai, responsável
pela distribuição; de Octavio Legg Neto, chefe de manutenção da ETA Guandu e único engenheiro mecânico da estação e de Edes Oliveira, diretor de Operação e Grande Produção, segundo informações do jornal CORREIO DA MANHÃ.
Todos tidos como profissionais
gabaritados e fundamentais para
lidar com momentos de crise e que poderiam ajudar na grave situação da água que está chegando suja e turva para milhares de moradores do estado do Rio de Janeiro.
CARRO BLINDADO PARA PRESIDENTE
Tais demissões vão custar ainda mais caro para o bolso de quem paga água no Rio de Janeiro.
Um carro blindado será alugado pelos próximos dois anos pelo valor de R$ 311.900. O contrato foi publicado no Diário Oficial do governo do Estado na terça-feira 7. Segundo a Cedae, o objetivo é evitar ações que “poderiam levar a tentativas de retaliação” por parte de funcionários após “decisões duras, como corte de privilégios”. A informação foi dada pelo jornalista Cássio Bruno na VEJA
Segundo a empresa, “a utilização de carros blindados é uma medida preventiva e comum entre ocupantes de cargos de grande visibilidade e responsabilidade, inclusive já foi adotada por gestões anteriores da companhia. Vale lembrar que o cargo de diretor presidente exige a tomada de decisões duras, como cortes de privilégios, de supersalários e controle de ponto, entre outras. Estas ações poderiam levar a retaliações”.
A CEDAE promete agora colocar carvão para tentar diminuir a má qualidade da água, ainda dizendo que a geosmina não faz mal a saúde.