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Evento contou com a participação de especialistas e teve como objetivo reforçar a importância das políticas públicas voltadas ao paradesporto no Rio de Janeiro
Tema prioritário no Governo do Rio, a atenção básica às pessoas com deficiência e a criação de políticas públicas que expandam a acessibilidade no estado já é realidade na Secretaria de Estado de Esporte e Lazer. Em palestra realizada nesta sabado (6) para tratar de aspectos importantes que envolvem o universo inclusivo, o secretário Rafael Picciani reafirmou a relevância do tema para a pasta e apresentou aos servidores o novo setor criado para tratar do paradesporto e da inclusão: a vice-presidência de Esporte para Saúde e PCD da Suderj, a Superintendência de Desportos do Estado do Rio.
O evento foi ministrado pelo vice-presidente de Esporte para a Saúde e PCD, Renato de Paula, pela coordenadora de projetos e atividades adaptadas e paradesportivas, Hanna Kwitko e por Ricardo Gonzalez, biólogo e idealizador do projeto de acessibilidade “Praia para Todos”, uma iniciativa para que pessoas com deficiência possam frequentar a praia.
– O meu papel hoje aqui, é muito mais de reafirmar o compromisso que nós assumimos com o governador Cláudio Castro e com o vice-governador Thiago Pampolha, além de toda a sociedade, de fazer do esporte uma ferramenta eficaz de inclusão e acessibilidade para que o Rio de Janeiro seja, de fato, uma referência – concluiu o secretário.
Rio de Janeiro mais acessível
Durante a apresentação, o secretário reforçou a importância da secretaria em “construir políticas públicas que desaguem em outros serviços públicos e influenciem o Governo do Estado para que ações efetivas aconteçam”. O presidente da Suderj, Gelby Justo, comemorou a criação do novo setor voltado ao paradesporto no órgão e também reafirmou o compromisso de trabalhar pela inclusão e pela acessibilidade nos equipamentos do estado.
– Estou muito honrado em ter na minha gestão a primeira vice-presidência voltada para a acessibilidade e a inclusão. Dados do IBGE mostram que o Rio de Janeiro é a capital do Sudeste que registra o maior número de pessoas com deficiência, ela são cerca de 25% da população, o que corresponde a aproximadamente 1,5 milhão de habitantes – disse Justo.
Abrindo a palestra, o vice-presidente Renato de Paula enfatizou que sua equipe tem pressa e já está ativa, trabalhando sem parar.
– Essa é uma pauta que precisamos tratar de forma urgente. Não há melhor ferramenta para a longevidade que o esporte e nós precisamos de políticas públicas que tirem essas pessoas da comiseração ou da pena e as tragam para a notoriedade que o esporte traz – afirmou Renato, vice-presidente de Esporte para a Saúde e PCD da Suderj.
Hanna Kwitko, coordenadora de projetos e atividades adaptadas e paradesportivas da vice-presidência de Esporte para a Saúde e PCD, apresentou aos servidores da Seel e da Suderj dados importantes acerca da parcela da população que apresenta algum tipo de deficiência.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, 15% da população mundial possui alguma deficiência, ou seja, um bilhão de pessoas. No Brasil, esse índice é de 6,7%, segundo o IBGE. Já o índice de pessoas com mobilidade reduzida chega a 10,5%, segundo a FGV Social. No Sudeste, o Rio de Janeiro é a capital com o maior número de pessoas com alguma deficiência: são cerca de 25% da população, correspondendo a aproximadamente 1,5 milhão de pessoas.
A apresentação da coordenadora passou também pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência, instituído em 2015, e destacou a importância do uso das terminologias corretas a serem utilizadas ao se referir a uma pessoa com deficiência. Isso porque muitas pessoas ainda se confundem, utilizando termos antiquados e inapropriados, mesmo nos dias de hoje.
Paratletas participam
Paratleta de judô com deficiência visual, Nicole Cristine, de 11 anos, campeã na última edição das Paralimpíadas Escolares, e Brenda de Freitas, 27 anos, campeã no Grand Prix de Portugal, estiveram presentes e também conversaram com os servidores da Secretaria de Esporte e Lazer e da Suderj. Contaram suas experiências e falaram um pouco das expectativas em torno das políticas públicas votadas ao paradesporto. Também estiveram presentes Marcelo Ferreira dos Santos, atleta do Botafogo de Power Soccer ou futebol de cadeira de rodas, e Márcio Araújo Meireles, atleta de tênis, também cadeirante.
Novidades na área
Palestrante no evento, o criador do projeto “Praia para Todos”, o biólogo Ricardo Gonzalez, falou sobre o projeto que criou há 14 anos e que já é conhecido no Brasil todo. Além de convidar os servidores para serem voluntários, ele explicou que graças a uma emenda orçamentária proposta pelo deputado federal Otoni de Paula, o projeto vai chegar pela primeira vez à Região dos Lagos.
– Existe um planejamento para que o projeto, que acontece na cidade do Rio, nas praias da Barra, Recreio e Copacabana, seja expandido em breve e atenda a população de cinco municípios da Região dos Lagos – concluiu Ricardo.
Texto: Silvia Knapp/Fylipe Telheiro
Foto: André Luiz Mello/Divulgação: Secretaria de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro