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De olho no apoio do MDB, Witzel conversa com Temer sobre aliança na sucessão presidêncial

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O governador Wilson Witzel ensaia uma aproximação com o MDB com vistas à sucessão presidencial. Semana passada, reuniu-se com o ex-presidente Michel Temer em São Paulo. Foram quase três horas em que analisaram a conjuntura nacional, os tropeços e acertos do governo Bolsonaro e, principalmente, as possibilidades de alianças para 2022. Nada ficou acertado, além do compromisso de outros encontros para manterem-se próximos.

A aproximação com o ex-presidente foi costurada pelo secretário da Casa Civil, André Moura, ex-líder do governo Temer na Câmara federal. Witzel está convencido da importância do eventual apoio do MDB a sua empreitada para suceder Bolsonaro. Com todas as baixas, o MDB ainda detém enorme poder, com uma colossal máquina partidária turbinada por milhares de vereadores, prefeitos e deputados estaduais e federais por todo o País.

O projeto nacional poderá ter desdobramento no Rio. O MDB fluminense caminharia com o governador caso seu candidato à sucessão de Marcelo Crivella fosse o Secretário de Educação, Pedro Fernandes. Com passagem pelo PMDB, Fernandes deixou aliados e simpatizantes na estrutura emedebista. Sua mãe, a veterana vereadora Rosa Fernandes, já manifestou a intenção de permanecer nos quadros do partido. André Moura tem conversado com os dirigentes locais do MDB sobre uma eventual aproximação, caso se confirme a aliança nacional.

Na análise do Palácio Guanabara, a candidatura de Pedro Fernandes poderia desidratar a de Eduardo Paes (DEM) , dado o perfil semelhante entre eleitores do ex-prefeito e os apoiadores do governo Wilson Witzel. Recente pesquisa de opinião em poder do MDB, mostra que a maioria dos prováveis eleitores de Paes apóia a administração estadual.

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