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O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi preso em flagrante pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira, 8, por porte ilegal de arma de fogo. Ele é alvo de um mandado de busca e apreensão em uma ação que investiga a tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.
Segundo o blog da jornalista Camila Bomfim, do portal “G1”, o político está na sede da PF para as formalidades do flagrante. Ainda não há informação se Valdemar seguirá preso, ou se será liberado após prestar esclarecimentos.
A arma encontrada no endereço do presidente do PL estava com a documentação vencida e registrada no nome do filho. Na casa do dirigente, também foi apreendida uma pepita de ouro bruta que será encaminhada ao Instituto Nacional de Criminalística (INC) da PF para ser periciada.
O ex-chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), também é alvo da ação realizada nesta quinta em nove estados e no Distrito Federal. Contra Bolsonaro, são aplicadas medidas restritivas, com a proibição de deixar o país, devendo entregar o passaporte no prazo de 24h, e de se comunicar com outros investigados.
Segundo a PF, estão sendo cumpridos 30 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão. Entre os alvos da ação estão aliados do ex-presidente, como Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Anderson Torres, Almir Garnier e Tercio Arnaud.
A operação foi chamada pela Polícia Federal de “Tempus Veritatis” — “hora da verdade”, em latim. “Nesta fase, as apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”, diz a PF.
O primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas Eleições de 2022, por meio da “disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação”, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022.
“O segundo eixo de atuação consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, através de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível”, conclui.