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O Rio ganhou na manhã deste domingo (13) o monumento em memória às vítimas do Holocausto no Morro do Pasmado, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. A inauguração foi realizada pelo prefeito Marcelo Crivella.
Prefeito Marcelo Crivella ao lado da primeira-dama, Sylvia Jane, na inauguração do Monumento em memória às vítimas do Holocausto no Morro do Pasmado, em Botafogo — Foto: Nelson Perez/Prefeitura do Rio
A obra no local foi uma parceria entre o poder municipal, a Associação Cultural Memorial do Holocausto e a iniciativa privada.
O evento contou com a presença do governador em exercício do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro; do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux; do embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley entre outras autoridades.
Durante os discursos, destacou-se a importância de que a morte de milhões de pessoas seja lembrada como um símbolo da intolerância, para que não volte a se repetir. O rabino Sérgio Margulies fez uma prece que abençoou o memorial.
“Nesse memorial, cada visitante vai testemunhar e sentir na alma o sofrimento dos inocentes e aprender uma lição de que na vida é preciso vigiar o passado, porque ele sempre volta, se a gente se descuidar”, afirmou Crivella.
Cláudio Castro ressaltou a necessidade de mais diálogo na sociedade.
“A inauguração desse monumento passa uma importante mensagem de respeito, amor e tolerância que é fundamental para a sociedade atual. Esse discurso de polarização, que é visto no mundo inteiro, principalmente na internet, gera ódio. E a história mostra onde isso pode chegar. Temos que recuperar a capacidade do diálogo”, disse Castro.
Em seu discurso, o presidente do STF, ministro Luiz Fux, destacou:
“Esse Memorial é para que não padeçamos do vício da indiferença e também para que manifestemos a nossa indignação com o holocausto.”
Alberto Klein, presidente da Associação Cultural Memorial do Holocausto, ressaltou que o local é um ponto de reflexão para todos.
“O memorial não é só para o povo judeu, e sim para toda a sociedade”, afirmou.
O projeto do memorial foi escolhido em 1998, por meio de um concurso público nacional promovido pela Prefeitura do Rio e o Instituto dos Arquitetos do Brasil.
O idealizador foi o então vereador Gerson Bergher, que já morreu. O monumento tem quase 20 metros de altura.
Museu será inaugurado
O local ainda receberá um museu, que ainda não foi inaugurado, que oferecerá programação educacional aos alunos das redes pública e privada.
O espaço também receberá exposições nacionais e internacionais com temas que dizem respeito à defesa dos direitos humanos, à tolerância e ao humanismo.
A ideia é que o local funcione em cooperação com outras instituições do gênero, como os memoriais de Jerusalém, Washington e a Casa Anne Frank, em Amsterdã.