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A recuperação da camada de ozônio acima da Antártica continua lenta e mas de forma constante. Um sintoma claro desta recuperação é a mudança na circulação atmosférica registrada por pesquisadores da Universidade de Colorado.
Com a destruição da camada observada durante o século XX, padrões dos ventos de latitudes médias se alteraram no hemisfério sul, gradualmente se concentrando no Polo Sul. A célula de Hadley, circulação diretamente relacionada aos ventos alísios, às zonas tropicais úmidas e desertos subtropicais, estava ocupando uma área a cada medição maior.
Alterações nesses fluxos influenciam o clima por alterar a temperatura atmosférica e sem deixar de fora as chuvas, o que pode causar mudanças na temperatura e na concentração salina nos oceanos.
A pesquisadora Antara Benerjee e sua equipe de pesquisadores constataram que essas duas tendências atmosféricas começaram a se reverter ligeiramente nos anos 2000 e continuam até hoje.
Esta reversão começou 12 anos após a aprovação do Protocolo de Montreal, que baniu a produção de artigos que destroem a camada de ozônio.
Apesar de já ter ultrapassado o ponto de reversão há 20 anos, hoje observamos uma camada de ozônio equivalente aos níveis dos anos 80. A regeneração completa da camada deve acontecer por volta de 2030 no hemisfério norte e em 2050 no hemisfério sul, sendo que o buraco da Antártica deve ser recuperar no final da década de 2060.
De acordo com HypeScience, a regeneração da camada é lenta porque as substâncias destruidoras de ozônio têm vidas muito longas na atmosfera.