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O grande desafio do atual prefeito Marcelo Crivella neste segundo turno é superar o alto índice de rejeição do seu governo: mais de 60%. “A rejeição tem base matemática, mas é um assunto político”, disse ele a jornalistas. Se na primeira fase da disputa foram importantes os apoios do presidente Jair Bolsonaro, dos 25 vereadores com mandato e do “sim” de líderes evangélicos, não se tem certeza como será daqui para frente. Já em debates, contra Eduardo Paes, o seu antecessor vai aprofundar as diferenças entre as duas administrações, o que será, a princípio, muito ruim para o bispo da Universal do Reino do Deus.

OUTROS DESAFIOS

Outro ponto desfavorável para o candidato do Republicanos é o racha entre os evangélicos. Paes é visto com simpatia pelo bispo Abner Ferreira, líder responsável pelo Ministério Madureira de todo o Brasil, e o deputado Samuel Malafaia, irmão do loquaz bispo Silas, que já prometeu: “Sou coerente, enraizado no meu partido, vou apoiar o Eduardo Paes e trabalhar duro por sua vitória, além do que, eu vejo da parte da Universal que ela trata diferente outras igrejas, não permitindo que a gente vá até os seus templos, como permitimos que venham aos nossos”, disse Samuel. O grupo de Samuel elegeu 22 prefeitos no estado, inclusive de Macaé e Angra do Reis, 10 vereadores e 30 suplentes. Outro que vê Paes com entusiasmo é o líder Paulo César Brito, pastor presidente da Maranata, que atualmente pastoreia a sede na Tijuca e vários outros templos espalhados na cidade.

Veja quem ficou de fora no Rio
Das 51 cadeiras, 34 vereadores foram reeleitos. No entanto, nomes conhecidos do eleitor não conseguiram voltar para a Câmara, como Átila A Nunes (DEM), Babá (PSOL), Dr. Jorge Manaia (PP), Fernando William (PDT), Italo Ciba (Avante), Leonel Brizola (PSOL), Major Elitusalem (PSC), Marcelino D’almeida (PP), Renato Cinco (PSOL) e Zico Bacana (Podemos).
Alguns nomes importantes da esquerda carioca recomendam não se perder tempo com a ressaca da derrota no primeiro turno. Apesar de o presidente do PDT, Carlos Lupi, ser amigo de Eduardo Paes, ele terá dificuldades de um apoio imediato por razões nacionais. Já o líder petista, Washington Quaquá, que não quer ver o PT chorando pelos cantos, trabalha para reposicionar o partido no Rio.
POR O DIA

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