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Rio de Janeiro

Crivella anuncia que vai cancelar concessão da Linha Amarela para a Lamsa

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O prefeito Marcelo Crivella anunciou, na manhã desta sexta-feira, que vai cancelar a concessão da Lamsa para a gestão da Linha Amarela, uma das principais vias expressas do município. A decisão será publicada na próxima edição do Diário Oficial, o que deve ocorrer na próxima terça-feira, já que segunda será feriado para servidores públicos. O prejuízo para o município, segundo Crivella, já chega a R$ 1,6 bilhão, valor apontado esta semana pela CPI da Linha Amarela na Câmara Municipal. A suspensão do contrato, inclusive já havia sido pedida pelo vereador Babá (PSOL), membro da CPI, mas a recomendação não foi aceita pelos outros parlamentares.

“Isso é um absurdo porque não há nenhum pedágio no mundo que o fluxo de carros tenha diminuído. É como supor que uma mulher vá dar à luz pela boca. Foi o pior negócio que a prefeitura fez na sua História”

Esse não é o primeiro episódio de confronto entre o prefeito e a concessionária, que já travaram disputas judiciais pela cobrança do pedágio . De acordo com Crivella, anualmente a concessionária arrecada R$ 300 milhões de forma irregular.

— Desde o início do meu governo tenho denunciado que a Linha Amarela é um dos maiores prejuízos para o povo do Rio. São 300 milhões por ano que não deveriam ser pagos. O pedágio não deveria ser cobrado há muito tempo. A primeira coisa que nós reclamamos foram das obras, dos aditivos, obras com sobrepreço, superfaturamento e obras que não foram realizadas, mas foram cobradas. Mandamos abrir uma das faixas (um dos sentidos do pedágio) por um ano e meio para ressarcir a prefeitura e a Justiça mandou cobrar novamente — afirmou o prefeito.
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Crivella comparou ainda o atual contrato com a situação de uma mulher dar à luz pela boca:

— Suponha que uma mulher grávida vá ao médico. Ele diz: Se você tiver bebê pela boca, não paga nada. Se for pelas vias normais, você paga. Mas, doutor, quando foi que uma mulher vomitou um neném? Não há precedentes. Mas é um risco. É assim que foi feito. Tira-se o fluxo de carros com a seguinte hipótese: se cair o número de carros passando no pedágio, prefeitura não tem que ressarcir. Se aumentar, ela também não tem nenhum direito — explicou o prefeito.

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