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Rio de Janeiro

Com afago a João Dória, Eduardo Paes anuncia secretários ligados a partidos no Rio

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Crescem as indicações políticas na futura administração de Eduardo Paes. Após uma semana com poucos nomes ligados a partidos, nesta segunda-feira, dia 7, o prefeito eleito apresentou políticos do PSDB, com Cristiano Beraldo como secretário de Turismo, e Daniela Maia, irmã gêmea de Rodrigo Maia, como presidente da Riotur. Outros nomes de políticos confirmados são Chicão Bulhões, deputado estadual pelo Novo, como secretário de Desenvolvimento Econômico, o deputado estadual Jorge Felipe Netto (PSD) como secretário de Trabalho e Renda, o que foi revelado pela colunista Berenice Seara, e Vinícius Cordeiro, presidente do Avante no Rio, que será titular da pasta de Defesa dos Animais.

Ao fim de sua breve fala na coletiva desta manha, no gabinete de transição no prédio da Firjan, Paes disse que recebeu, poucas horas antes, uma ligação do governador de São Paulo, João Dória (PSDB). O partido é uma das legendas que integraram a aliança da chapa vencedora nas eleições do Rio.

Quero fazer um agradecimento ao PSDB, ao governador Dória e ao Paulo Marinho (presidente do partido no Rio). Falei com o Dória hoje, por telefone, e tenho certeza que São Paulo será um grande parceiro do Rio — afirmou Paes, que depois negou pressões partidárias para cargos. — As escolhas são minhas, temos pressão zero dos partidos e dos aliados para indicações. Mas tenho problema zero com políticos, pelo contrário.

Secretária fala sobre o Carnaval de 2021

O prefeito levou com bom humor a apresentação de Daniela Maia, e disse que ela é a responsável por sua entrada na política, e não Rodrigo Maia ou Cesar Maia.

— Adoram apontar o Cesar e o Rodrigo como responsáveis pela minha entrada na política, mas é uma mentira. Credito à Daniela, ela que me apresentou e abriu as portas . Nos conhecemos entre 1986 e 1987— disse o prefeito eleito, que ainda citou a trajetória na área de eventos da nova nomeada.

Apesar da sua atuação na área como empresária, Daniela foi direta ao responder sobre a reação da sua família à nomeação.

— Acho que veio um pouco deles (a nomeação). Talvez o desejo de uma mulher Maia entrando na política, e acho que agora estou preparada — afirmou a irmã gêmea de Rodrigo Maia, que também respondeu sobre a possível data do desfile de carnaval em julho de 2021, conforme deliberou a Liesa. — A princípio será nessa data. Ainda precisamos entrar e dialogar, mas a certeza é que faremos um grande carnaval, com todos os cuidados.

Além de Beraldo, que foi coordenador do programa de turismo da candidatura de Paes, e Daniela Maia, o prefeito eleito também apresentou dois novos subprefeitos: Wagner Coe, quadro do DEM, na subprefeitura da Grande Tijuca e Rodrigo Toledo, que participou do governo anterior, na subprefeitura das Ilhas (do Governador, Paquetá e Fundão).

Eduardo Paes ainda apresentou Marcus Faustino, nomeado para secretário de Cultura. Oriundo do Cesarão, conjunto habitacional da Zona Oeste, Faustino é mais um nome da periferia a integrar o governo, assim como Salvino Oliveira, da Cidade de Deus, e Joyce Trindade, de Cosmos. O novo secretario prometeu medidas emergenciais para cultura, como elaboração de um auxílio a partir de janeiro de 2021, além de retomar e inaugurar equipamentos nas Zonas Oeste e Norte e “territorializar” o orçamento da cultura, ou seja, levar editais para regiões específicas da cidade.

Acho que já tinha passado da hora de incluir esses atores da periferia na administração pública e, assim, interromper a tradição “Zona Sul cêntrica” — afirmou Faustini.

Com a apresentação desta segunda, Paes já anunciou 15 secretários, exatamente o número que existe na gestão atual. Entretanto, há outros três nomes já confirmados (Chicão Bulhões, Jorge Felippe Neto e Vinícius Cordeiro) e pastas importantes que ainda não tiveram nomes confirmados, como Meio Ambiente e Ordem Pública. Ou seja, apesar das promessas de enxugamento da máquina pública, a futura administração já começará com número de secretarias maior que o atual. Em relação a isso, membros do futuro governo, como o secretário da Fazenda nomeado, Pedro Paulo, vêm respondendo que o importante é reduzir o número de comissionados e de cargos de segundo e terceiro escalão.

 

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