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O governador Cláudio Castro apresenta o Plano de Contingência para Chuvas 2025 que, este ano, busca melhorar a comunicação com os atores envolvidos. No planejamento estão medidas elaboradas e a serem adotadas também pelo Governo do Estado para prevenir e responder a possíveis eventos e desastres causados pelas fortes chuvas do verão, o que é típico da estação. Entre as novidades está o engajamento e a interação com as concessionárias (água, energia e gás) para quem façam parte do comitê de crise e participem diretamente.
Outro ponto é a aproximação com os municípios nos planos de contingência compartilhados. Segundo o governador, “todo filho feio tem que ter pai”, e, com o novo planejamento, cada ente e secretaria passam a saber seus papeis em cada etapa. As ações são divulgadas em coletiva no início da tarde desta quarta-feira, que conta com a presença de representantes de cidades fluminenses, da Defesa Civil, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS).
Entre as ações de prevenção está a compra de equipamentos, como radares, megafones, sirenes e alarmes pluviométricos e aquisição de 155 viaturas de Defesa Civil. Eles serão disponibilizados para equipes de monitoramento.
Ainda estão previstos veículos para facilitar acesso a terrenos alagados, dos quais 13 carros com sistema 4×4 e reboque para transporte de materiais. Parte do estado fluminense enfrenta alagamentos e deslizamentos. Caberá ao Centro Estadual de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais do Rio de Janeiro (CEMADEN-RJ) ampliar o protocolo de alerta para que a população receba alarmes no celular.
Outra novidade é o almoxarifado virtual, uma plataforma onde estarão disponíveis os dados das compras realizados pelo estado para atender à população em casos de consequências das fortes chuvas. A Secretaria de Planejamento será a responsável por disponibilizar as informações. Segundo o Governo do Estado, isso será 100% transparente por localidade, e vai permitir ao cidadão saber tudo aquilo que será entregue em cada região.
Castro destacou que medidas de controle e um balanço do que efetivamente funcionou nos momentos de crise eram pensados por pelo governo pelo menos desde 2020.
Nós queríamos ter um padrão de atendimento, e que fosse único e uníssono para qualquer crise que nós tivéssemos. E que, a partir do fim da crise, a gente pudesse saber em que ponto o estado deveria investir em prevenção, (que pudesse evitar) para que isso não acontecesse naquela ocasião — resumiu o governador.
Para trabalhar a prevenção de desastres, devem ser feitas obras de infraestrutura, de contenção de encostas e de reurbanização. Áreas de riscos de deslizamento devem passar por intervenções. Estradas vicinais — que são vias rurais que ligam cidades pequenas e comunidades às vizinhas — passarão por conservação e manutenção.
Cursos d’água vão receber ações de monitoramento e prevenção. O programa Limpa Rio chegou a cerca de 800 rios em 88 municípios. O monitoramento vai ficar de olho nos níveis de cheias e fazer o acompanhamento hidrometeorológico.
O governador destacou, durante a reunião com representantes dos órgãos envolvidos, a importância de uma organização regional para lidar com soluções emergenciais, especialmente durante períodos de fortes chuvas.
Eu quero que cada intendência por região tenha um responsável. Vamos saber quem é, sobretudo as secretarias que estão nas áreas mais afetadas. Não adianta, no dia (das chuvas fortes), ligar para saber quem tem a chave que abre uma escola. Esses agentes locais, eles têm que estar alinhados, os telefones deles e com a coordenação do comitê — pontuou o governador.
Um outro ponto abordado foi a necessidade de treinamentos específicos para preparar as equipes envolvidas, em especial as que participam dos primeiros atendimentos numa situação de alerta pelas chuvas.
Inclusive, vou mais adiante: temos que fazer um pequeno treinamento, chamar essas pessoas regionais, fazer reuniões na região, um simulado rápido, trazer essas pessoas aqui. Vamos fazer treinamento na Costa Verde, região litorânea, Região dos Lagos, para que essas pessoas saibam que são elas responsáveis, no dia de chuvas, em ter que dar a primeira resposta — ressaltou Cláudio Castro.
A declaração de Cláudio Castro ocorre em meio a discussões sobre a necessidade de melhor coordenação e resposta rápida a desastres naturais no estado do Rio de Janeiro, que frequentemente enfrenta problemas causados por chuvas intensas, como deslizamentos e enchentes.
Programa Serra Resiliente
Após a chuva histórica em Petrópolis, na Região Serrana do estado, em 2022, que deixou mais de 240 mortos, a cidade ganhará atenção do estado para evitar novas catástrofes. Será criado um posto avançado, um gabinete regional em Petrópolis para otimizar respostas em desastres. Depois do carnaval, o município terá um grande simulado pela primeira vez, nos moldes de um treinamento realizado no Japão, país asiático acometidos por eventos naturais e climáticos.
@andremourase
@claudiocastro