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foto: Pedro Viana
Aliado do presidente deputado federal Otoni de Paula e seu pai Otoni de Paula Pai juntamente com integrantes da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição comemoraram a adesão aos atos do feriado de 7 de setembro. Este grupo avalia que a expressiva presença de apoiadores nas ruas é uma “demonstração de força eleitoral” do chefe do Executivo federal a menos de 30 dias do primeiro turno da eleição presidencial. A cúpula do Partido Liberal (PL), inclusive, acredita que o mandatário pode ter criado um “fato novo”, capaz de mobilizar os apoiadores e melhorar seu desempenho nas pesquisas de intenção de voto – nos últimos três levantamentos divulgados pelo Ipec (ex-Ibope), Bolsonaro se manteve estagnado em 32% em dois deles e oscilou negativamente para 31% no último. Por outro lado, coordenadores da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ouvidos pela Jovem Pan afirmam o presidente “falou para a bolha”, à medida que fez críticas ao Supremo Tribunal Federal, prometeu trazer adversários “para dentro das quatro linhas” e saiu em defesa de empresários que foram alvos de uma operação da Polícia Federal. No conjunto da obra, dizem, Bolsonaro não conquista dividendos eleitorais e pode, inclusive, afastar eleitores de centro.
“A quantidade de pessoas nas ruas nos surpreendeu. Esperávamos um público muito grande, mas a adesão foi surpreendente. Isso é altamente positivo”, disse o deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), vice-lider do governo. “Os atos de hoje devem refletir nas pesquisas, sim. Muitos eleitores tendem a votar em quem está mais forte, quem demonstra essa força. Às vezes o pessoal não quer analisar o candidato. Quando essa pessoa vê muita gente na rua, ela é influenciada por isso”, acrescenta o parlamentar, que também lidera a Frente Parlamentar da Segurança Pública do Congresso Nacional, também chamada de Bancada da Bala. Para o integrante da cúpula do PL, o tom adotado por Bolsonaro em seu discurso também foi correto. Aos apoiadores que estavam no Rio de Janeiro, o presidente da República subiu o tom contra Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto, a quem chamou de “quadrilheiro”. “É hora de partirmos para o embate direto, precisamos mostrar o que o PT fez, o que foi a gestão petista, porque muitos jovens [que vão votar pela primeira vez] não vivenciaram isso. O discurso dele [Bolsonaro] vinha focando no STF, na questão das urnas, mas para o eleitor isso não é muito importante. O eleitor aguarda esse embate. O foco tem que ser em seu principal adversário político, deixa os outros atores de lado. Não temos mais tempo. E esse confronto com o PT influencia o voto do indeciso”, diz Augusto.
O Vice líder do governo na Câmara, Otoni de Paula (MDB-RJ), disse à seus eleitores neste 7 de setembro que as manifestações mostram “gente entusiasmada e engajada na campanha” à reeleição. “Tenho absoluta convicção de que esse exército vai levar o presidente à vitória”. diz que a adesão aos atos mostra que “o povo brasileiro está consciente dessa guerra sem sangue que estamos travando”. O parlamentar também adota uma linha argumentativa que coloca em xeque a credibilidade das pesquisas Bolsonaro e seus apoiadores costumam exaltar o que chamam de “DataPovo”, em alusão à quantidade de pessoas que seguem o presidente da República em comícios e agendas de ruas. “Hoje, os brasileiros do bem foram às ruas manifestar apoio a Bolsonaro. Por certo, Bolsonaro está na frente das pesquisas. E no dia 2 a melhor pesquisa vai ser divulgada quando as urnas forem fechadas”, diz o deputado. A deputada Carla Zambelli (PL-SP), que discurso na Avenida Paulista, afirmou em mensagem enviada à reportagem que os atos “talvez” não mudem a situação do presidente nas pesquisas. “Mas deu para perceber que a vitória é do Bolsonaro”, ponderou.