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Rio de Janeiro

Alerj arquivará CPI que pretende investigar gastos emergenciais do governo estadual na Saúde

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A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) arquivará a CPI que pretende investigar contratos emergenciais da Secretaria Estadual de Saúde para a aquisição de respiradores no combate ao coronavírus. A mesa-diretora da Casa avalia que já há uma investigação em curso, com o mesmo objetivo, realizada pelo Ministério Público do Rio e pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

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Na semana passada, o governador Wilson Witzel mudou o presidente do Detran, em um movimento que teria feito com que um grupo de deputados que apoiava a instalação da CPI migrasse para o barco do Palácio Guanabara — o novo presidente do Detran seria uma indicação do MDB. Autor do pedido de investigação, o deputado Dr. Serginho (Republicanos) diz ter recolhido 36 assinaturas para protocolar a CPI, 12 a mais que o necessário.

— Se algum deputado recuar e pedir para retirar a assinatura do pedido de CPI, estará nitidamente demonstrando alinhamento com um governo que fez contratações emergenciais superfaturadas — diz.

“Se algum deputado recuar, estará demonstrando alinhamento com um governo que fez contratações superfaturadas ”

DR. SERGINHO (REPUBLICANOS)
Deputado de oposição ao governo

Líder do governo, Márcio Pacheco (PSC) rebate e afirma que o governo estadual não é conivente com corrupção.

— O próprio governador Wilson Witzel pediu à Polícia Civil que faça uma investigação severa e instale inquérito. E disse que, se ficar provado que houve desvio, os culpados serão punidos criminalmente. O objetivo dessa CPI é apenas levantar bandeira política, uma vez que atende ao líder (Jair Bolsonaro) do autor que a propôs — diz Pacheco, referindo-se a Dr. Serginho.

“O próprio governador Wilson Witzel pediu à Polícia Civil uma investigação severa. O objetivo dessa CPI é apenas levantar bandeira política”

MÁRCIO PACHECO (PSC)
Líder do governo

No último dia 15, o Ministério Público do Rio instaurou inquérito para apurar a compra de respiradores pela Secretaria Estadual de Saúde. A promotoria investiga se houve sobrepreço no contrato de R$ 9,9 milhões celebrado com a empresa 2A2 Comércio Serviços e Representações LTDA. De acordo com o MPRJ, será investigado “eventual superfaturamento de ao menos R$ 4,9 milhões, visto que cada aparelho saiu por R$ 198 mil, mais que o dobro do preço do mercado brasileiro”.

Nesta segunda-feira (20), o subsecretário executivo de Saúde, Gabriell Neves, responsável pelos trâmites burocráticos da pasta, como as contratações, foi exonerado do cargo por Witzel.

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