O governador Wilson Witzel disse na manhã desta sexta-feira que está há mais de um mês pedindo ao Ministério Público (MPF) a solução para o impasse envolvendo o dinheiro devolvido aos cofres públicos em acordos de leniência com empresas envolvidas na operação Lava-Jato no Rio de Janeiro. Segundo Witzel, o MPF é o autor da ação penal e é ele quem deve se manifestar nos autos do processo dizendo para onde deve ir o dinheiro, se para prefeitura, para o governo do Estado ou para a União.
“Estou pedindo isso há mais de um mês. Que o MPF se entenda e diga para onde vai o dinheiro. Daqui a pouco, cai um prédio e acontece alguma coisa grave aí vai ser o governador que nada fez”
WILSON WITZEL
Governador do Rio
Estou pedindo isso há mais de um mês. Que o MPF se entenda e diga para onde vai o dinheiro. Daqui a pouco, cai um prédio e acontece alguma coisa grave aí vai ser o governador que nada fez. Estou desde janeiro tentando resolver. Eu confio no Bretas (Marcelo Bretas, juiz responsável pela Lava-Jato no Rio). Já tive reunião com o MPF, já tentei conciliação. Tentei dinheiro com a empresa, aí chega o TCE e diz que o estado não pode mais colocar dinheiro – frisou o governador, após solenidade de inauguração do programa Laranjeiras Presente, do Largo do Machado, que conta com 50 policiais militares e civis egressos das Forças Armadas, além de dois assistentes sociais, e que contará com recursos do Estado de cerca de R$ 8 milhões de por ano, segundo o comandante da unidade, major Moisés Hora.
Estou pedindo isso há mais de um mês. Que o MPF se entenda e diga para onde vai o dinheiro. Daqui a pouco, cai um prédio e acontece alguma coisa grave aí vai ser o governador que nada fez. Estou desde janeiro tentando resolver. Eu confio no Bretas (Marcelo Bretas, juiz responsável pela Lava-Jato no Rio). Já tive reunião com o MPF, já tentei conciliação. Tentei dinheiro com a empresa, aí chega o TCE e diz que o estado não pode mais colocar dinheiro – frisou o governador, após solenidade de inauguração do programa Laranjeiras Presente, do Largo do Machado, que conta com 50 policiais militares e civis egressos das Forças Armadas, além de dois assistentes sociais, e que contará com recursos do Estado de cerca de R$ 8 milhões de por ano, segundo o comandante da unidade, major Moisés Hora.
Wilson Witzel relatou um outro problema que pode advir da distribuição do dinheiro conseguido pelos acordos de leniência. Segundo ele, se a distribuição contemplar o pedido da prefeitura, o governo do estado não terá muito a receber.
A prefeitura diz que tem R$ 700 milhões a receber. Deve ter lá uns 900 milhões. Se isso acontecer não vai sobrar nada para o Estado. Então, ou o Ministério Público Federal resolve e assume o dinheiro, a União, ou a Justiça diz que eu posso arrumar um empréstimo para aquilo lá, aí eu ponho a Secretaria de Obras para trabalhar. Mas eu estou de mãos amarradas. Como eu não posso fazer nada, a única coisa que tenho dinheiro para fazer é fechar o buraco – enfatizou o governador.
“Eu não quero esperar que um pedaço da PUC caia no buraco da vergonha. Se quiserem dar dinheiro, falem que eu chamo a Secretaria de Obras”
WILSON WITZEL
Governador do Rio
Ele sugeriu que o Ministério Público Federal ponha colchonetes na vara judicial responsável pelo processo e só saia de lá depois de tudo resolvido.
– Põe colchonetes na varanda e põe o cara lá, come e dorme e só sai de lá com o problema resolvido. Nós militares somos assim. Já tive audiência que não tinha hora para acabar. São 30 testemunhas? Vou ouvir todas até que a coisa tenha uma solução. E era o dia do meu aniversário. Eu não quero esperar que um pedaço da PUC caia no buraco da vergonha. Se quiserem dar dinheiro, falem que eu chamo a Secretaria de Obras – concluiu Witzel após a solenidade, que contou com forte esquema de segurança incluindo uma baia reservada para jornalistas e um homem localizado bem próximo do governador segurando uma maleta balística que, quando aberta, se transforma num escudo de proteção capaz de segurar tiros de revólveres, por exemplo, e facadas.
O governador também falou a respeito de uma reclamação de policiais militares de que o valor pago pelo RAS nos batalhões é de R$ 233 e no Segurança Presente é menor, R$ 185. Isso, segundo a reclamação, não estaria motivando policiais a participarem do Segurança Presente.
– Motivação vocês viram aí – dividir seu em referência ao comportamento dos agentes perfilados. – Não é exatamente a verdade dos fatos. Nós estamos buscando recursos para equiparar tudo. Nós não vamos permitir que isso continue por muito tempo. O objetivo do nosso é equiparar e pagar como no RAS. É só conseguir recursos porque estamos com dificuldade de caixa – comentou.