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O prefeito Eduardo Paes (PSD) não só fez as pazes com o arqui-inimigo Rodrigo Bethlem. Mas, já de olho no governo do estado em 2026, convidou o moço para a sua campanha — este ano. Bethlem, que hoje se apresenta como consultor político, vai ajudar Paes a tentar a reeleição em outubro.
A relação entre os dois foi do céu ao inferno — e, agora, parece ter voltado ao paraíso. Na primeira gestão de Paes na prefeitura, Bethlem criou a operação Choque de Ordem e chegou a ser batizado de Xerife do Rio até pelo “New York Times”.
Até que cinco anos depois, em 2014, uma gravação apresentada na imprensa por sua ex-mulher, Vanessa Felippe, sacudiu a política carioca — e soterrou a amizade. No áudio, Bethlem, então secretário de Assistência Social, confessava receber propina de fornecedores da pasta e manter uma conta secreta na Suíça.
O alcaide não saiu em defesa do então companheiro — nem usou o tradicional “inocente até prova em contrário”. Exonerou o homem imediatamente e determinou a realização de uma devassa na secretaria, dando início a uma guerra que durou até o fim de 2023.
Já em meados de dezembro, como fruto dessa reaproximação, Bethlem, um dos mais contundentes críticos da gestão Paes nas redes sociais, parou de postar sobre o assunto.
Agora, entre os dois, só love e conselhos políticos.