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PALÁCIO TIRADENTES ABRE MOSTRA PARA CELEBRAR INCLUSÃO POR MEIO DA ARTE

 

Exposição reúne cerca de 50 obras de artistas da Associação dos Pintores com a Boca e os Pés (APBP) e convida o público a refletir sobre diversidade, superação e inclusão.

No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado nesta quarta-feira (03/12), o Palácio Tiradentes, sede histórica da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), promoveu a exposição “Maravilhas do Brasil”. A mostra reuniu obras de artistas que integram a Associação dos Pintores com a Boca e os Pés (APBP) e destacou o papel fundamental da arte na promoção da inclusão. A exibição ficará aberta ao público até o dia 19 de dezembro, das 10h às 17h, na Galeria Presidente Juscelino Kubitschek, com entrada franca e classificação livre.

A exposição apresenta cerca de 50 obras produzidas por artistas que utilizam as técnicas de pintura com a boca ou com os pés. O objetivo é eternizar fragmentos da diversidade cultural e das paisagens de um Brasil continental. Com painéis distribuídos ao longo do corredor, os visitantes puderam apreciar as obras e foram convidados a refletir sobre inclusão, diversidade e superação por meio da arte.

Curador da mostra

Marcelo Cunha, pintor, escritor, publicitário e palestrante, ficou tetraplégico em 1991 após um acidente enquanto mergulhava em uma cachoeira. Desde então, iniciou uma trajetória marcada pelo reconhecimento artístico, tendo suas obras reproduzidas nas Américas e na Europa.

Durante a visita, ele destacou que cada obra exposta tem o propósito de inspirar e promover a inclusão de artistas com deficiência. “O objetivo é realmente promover a inclusão através da arte. Isso pode servir de inspiração para todas as pessoas. Em cada obra vocês irão ver mais do que estética: verão, entrega, superação e resiliência de cada artista. Fico muito feliz de sermos recebidos aqui na Alerj”, afirmou.

A história de Euzeuclemia Rufino

Euzeuclemia Rufino, 71 anos, moradora do Rio de Janeiro e integrante da APBP, já pintou mais de 200 quadros. Ela perdeu os membros superiores após sofrer um acidente com um fio de alta tensão dentro de casa, aos 21 anos. A arte surgiu como forma de recuperar a autonomia. “A pintura, que começou como tentativa, virou propósito. Ela me devolveu a vontade de seguir em frente e me mostrou que eu ainda posso muito”, contou.

Sobre a Associação dos Pintores com a Boca e os Pés (APBP)

Criada inicialmente por um pequeno grupo de artistas na Europa, a APBP evoluiu ao longo das décadas e hoje está presente em mais de 70 países, reunindo cerca de 800 artistas ao redor do mundo. Há 70 anos, a associação tem como norte o conceito de dignidade, proporcionando meios para que seus integrantes compartilhem suas histórias de superação através da criatividade expressa em suas obras.

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