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Dois irmãos, de 5 e 10 anos, foram baleados na Gardênia Azul, na Zona Oeste, na sexta-feira (6). A região foi palco de mais uma disputa por território. Na ocasião, criminosos em duas motos passaram atirando pela região no momento em que as crianças brincavam.
No momento do ataque a tiros, os jovens estavam com a tia, Vânia Pereira, de 53 anos, que falou sobre os momentos de tensão que viveu com os familiares. “Quando nós fomos correr já era tarde, né? […] Tava dando tiro só para o nosso lado, muito tiro mesmo, aí o menino e a menina já tinham sido baleados”.
Em meio ao desespero de ver dois sobrinhos feridos na sua frente, ela conta que o menino Caíque, de 10 anos, conseguiu chegar com vida até o hospital graças à ajuda de um homem desconhecido, que fez um torniquete para estancar o sangramento na perna.
“Eu vi o sangue, tava subindo sabe com uma força, e eu peguei a minha mão, botei em cima e apertei. O sangue parou. Foi quando começamos a gritar e veio esse moço, rasgou a blusa dele e amarrou. E foi com uma madeirinha enrolando até prender mesmo o sangue todo”, descreveu Vânia.
“Ele botou meu sobrinho no carro dele e minha sobrinha também. Quando chegamos no hospital, ele já estava igual uma vela, de tanto sangue que tinha perdido.” continuou.
Segundo a mãe das crianças, o herói das crianças seria um policial.
‘Anjo enviado por Deus’
Vânia demonstra sua fé ao dizer que o herói foi um anjo enviado por Deus. “Foi o Senhor que nos livrou, porque aquele tiro veio toda na nossa direção. Ele foi o Anjo que Deus enviou para fazer esse procedimento para conseguir chegar no hospital” completou.
Quem era o ‘anjo’?
O policial militar Henrique Freitas, de 42 anos, que estava de folga no momento do tiroteio, relatou os detalhes da ação que salvou as crianças baleadas na Gardênia Azul.
“Naquele momento, me deparei com o menino com uma hemorragia muito grande. Minha preocupação era parar o sangramento. Peguei uma blusa de manga comprida e um pedaço de galho de árvore e improvisei um torniquete. Aí sim consegui conter o sangramento e levei as crianças em meu veículo particular até o Lourenço Jorge”, afirmou o PM.
Irmã baleada
A irmã de Caíque, Mirela, de 5 anos, também foi baleada no ombro. Ela já recebeu alta do Hospital Lourenço Jorge, onde o menino permanece internado com quadro de saúde estável. A Polícia Civil investiga o caso.