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COM APOIO DA ALERJ, PRIMEIRO NAVIO OCEANOGRÁFICO UNIVERSITÁRIO DO RIO É INAUGURADO

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Alavancar pesquisas e projetos ambientais, como o monitoramento dos ecossistemas marinhos, e aperfeiçoar a formação de profissionais que atuem na preservação dos ecossistemas marinhos. Esses são alguns dos objetivos do Navio Oceanográfico Professor Luiz Carlos, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que foi inaugurado nesta terça-feira (28/01), em cerimônia na Marina da Glória, onde estava atracado. A embarcação é a primeira do tipo a pertencer a uma instituição de ensino superior no estado, e sua conclusão só foi possível graças ao aporte financeiro da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

A quantia investida pela Alerj foi na ordem de R$ 1,6 milhão, recurso economizado do orçamento da Casa, mais de 20% do valor total da embarcação, de R$ 7 milhões, como destacou o presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT). “A Casa vem fazendo um duro dever de casa e isso está possibilitando parcerias financeiras na áreas de Segurança e Saúde. Com mais esse projeto, a Alerj vai poder prestar ainda mais ajuda, principalmente na área do conhecimento e do desenvolvimento do Estado”, disse ao lembrar do potencial do navio para o estudo dos campos de petróleo.

O apoio da Assembleia Legislativa teve o reconhecimento do governador do estado, Wilson Witzel, que agradeceu ao presidente da Casa. “Tenho total respeito a nossa Constituição, que diz que os poderes são harmônicos e independentes, mas eu também acrescentaria que eles são parceiros. Sem essa parceria, não se vai a lugar algum”, disse Witzel, que ainda prometeu a construção de um segundo navio.

O diretor-geral da Alerj, Wagner Victer, ainda lembrou da importância do equipamento para a formação de profissionais e, em consequência, para a economia fluminense. “O Rio tem 0,5% do território nacional, mas possui uma costa bastante ampla, com três baías bem tradicionais. Esse investimento é uma contribuição muito efetiva para a área de Ciência e Tecnologia, mas também para o desenvolvimento econômico do nosso estado”, pontuou.

Uma sala de aula no mar

Com 30,5 metros de comprimento e 7,8 metros de largura, a embarcação ultrapassa 250 toneladas e tem capacidade para navegar com 30 pessoas, bem como autonomia de até 15 dias. Na lateral do navio azul, é possível ler o nome dos parceiros, entre eles o da Alerj. A embarcação é definida pelo reitor da Uerj, Ricardo Lodi, como uma “sala de aula em alto mar”. “Com ele, os estudantes de Oceanografia e Biologia Marinha estarão próximos do objeto de estudo delas, as pesquisas irão ganhar outra dimensão. A ideia é que o navio seja autossustentável a partir do desenvolvimento dos projetos, mas ainda temos que levantar o custo de manutenção mensal”, explicou.

O navio começará a funcionar após o Carnaval e uma das pesquisas será relacionada à coleta de lixo plástico na Baía de Guanabara, como explicou o diretor da Faculdade de Oceanografia da Uerj, Marcos Bastos. Ele ainda destacou que a embarcação é um sonho de quase 40 anos, desde a criação do curso, em 1982. “Isso só foi viabilizado por conta das parcerias, entre elas a da Alerj, que nos honra bastante. Foi o Legislativo que nos estendeu a mão quando o Estado passava por um momento muito ruim”, disse em referência à crise que a universidade enfrentou em 2016 com o estado de calamidade financeira do Rio de Janeiro.

A importância desse sonho de décadas se mostrou na fala de agradecimento do homenageado, o professor Luiz Carlos Ferreira, que ocupou importantes cargos na instituição. “O que mais me emociona é ver o navio pronto para ser usado pelos alunos. Estou tentando manter os pés no chão porque é um dia de grandes emoções”, disse emocionado.

Também esteve presente na cerimônia o deputado Rodrigo Amorim (PSL) e os secretários de Estado de Saúde, Edmar Santos, e de de Ciência e Tecnologia, Leonardo Rodrigues.

 

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