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Alerj vai intimar cinco deputados acusados de corrupção em processo de cassação

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A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) intimará nesta quarta-feira os cinco deputados que, acusados de corrupção na Operação Furna da Onça, chegaram a ser presos preventivamente em novembro do ano passado. Soltos pela Justiça no último dia 24 com a condição de não retomarem seus assentos na Alerj, os investigados serão comunicados pela corregedoria da Casa de que têm dez dias corridos para apresentar suas defesas contra umarepresentação protocolada pelo PSOL que pede a cassação de seus mandatos.

— A princípio, pelo que li nos autos, as provas são muito contundentes. O processo mostra isso com a quebra de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal dos deputados. Mas só vou formalizar meu parecer para o Conselho de Ética após analisar as defesas — disse ao GLOBO Jorge Felippe Neto (PSD), corregedor da Alerj.

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Depois de ler as defesas dos cinco acusados, Jorge Felippe Neto enviará seu parecer ao Conselho de Ética, presidido pela deputada Martha Rocha (PDT). Os sete deputados que integram o colegiado, então, votarão pela cassação ou não. Se a maioria optar pela retirada dos mandatos, os deputados investigados poderão recorrer ao plenário da Alerj — composto por 70 parlamentares — que dará a palavra final sobre a questão. Caso a cassação seja concretizada, os acusados não poderão retomar seus cargos na Alerj mesmo que, eventualmente, a Justiça reveja a determinação de afastamento.

Representação há um ano

Líder do PSOL no parlamento, Flávio Serafini comemorou o avanço, na Assembleia, da representação feita pelo partido em novembro do ano passado.

— É inaceitável que parlamentares sejam presos e respondam a processo e a Alerj sequer avalie suas condutas. Espero que, depois de um ano, a Assembleia agora faça a sua parte.

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André Corrêa (DEM), Luiz Martins (PDT), Marcus Vinicius Neskau (PTB), Marcos Abrahão (Avante) e Chiquinho da Mangueira (PSC) são acusados de participação em esquemas de corrupção na gestão do ex-governador Sérgio Cabral. Eles participariam ainda do loteamento de cargos no governo. Presos em novembro do ano passado, um mês após se reelegerem, num desdobramento da Operação Lava-Jato, eles chegaram a assinar, em março deste ano, no Complexo Penitenciário de Bangu, o livro de posse. Uma decisão da Justiça, contudo, suspendeu o ato dias depois, afirmando que o documento não poderia ter sido retirado da Alerj.

Todos os deputados acusados negam participação em esquemas de corrupção

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