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O secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Wanderson de Oliveira, explicou que dos 20 casos suspeitos,12 pessoas estiveram na Itália, dois na Alemanha e dois na Tailândia. De acordo com o secretário, a identificação rápida de casos suspeitos mostra ograu de alerta do Sistema de Saúde. “Esse padrão já reflete a velocidade que o Sistema de Saúde, incluindo unidades públicas e privadas, tiveram para se adaptar às novas definições de casos suspeitos nesses dois dias, durante o carnaval. Nosso sistema de saúde está em alerta total”, disse.
Wanderson explicou que o momento todo o sistema atua no trabalho de contenção para impedir a transmissão do Covid-19. “Estamos na fase de contenção, onde buscamos evitar que o vírus se espalhe. Caso se espalhe, vamos para a fase de mitigação, que é evitar casos graves e óbitos”, afirmou.
Nessa quarta-feira, o Brasil registrou o primeiro caso de coronavírus. Trata-se de um homem de 61 anos, morador da cidade de São Paulo, que esteve na região da Lombardia, no norte da Itália, entre os dias 9 e 21 de fevereiro. Ao retornar da viagem, na última sexta-feira (21), o paciente apresentou os sinais e sintomas compatíveis com a doença (febre, tosse seca, dor de garganta e coriza).
Atendido no Hospital Israelita Albert Einstein na segunda-feira (24), o homem foi submetido a exames clínicos que apontaram a suspeita de infecção pelo vírus. Com resultados preliminares realizados pela unidade de saúde e de acordo com o Plano de Contingência Nacional, o hospital enviou a amostra para o laboratório de referência nacional, Instituto Adolfo Lutz, para contraprova, confirmando a infecção.
Centro de Contingência
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo realizou, ontem, a primeira reunião do Centro de Contingência, grupo criado para monitorar e coordenar ações contra a propagação do novo coronavírus. O centro vai trabalhar de forma integrada com o Centro de Operações de Emergências (COE), implantado anteriormente pelo governo estadual.
Dentre as ações, destaca-se a definição dos hospitais de referência para o tratamento de casos graves de infecção pelo coronavírus. Entre as unidades, estão o Hospital das Clínicas de São Paulo e o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na capital paulista. No interior do estado os hospitais das Clínicas de Ribeirão Preto (USP) e de Campinas (Unicamp), o Hospital de Base de São José do Rio Preto e, no litoral, o Emílio Ribas II, do Guarujá. Juntas, esses hospitais contam com cerca de 4 mil leitos, sendo mil de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
De acordo com a secretaria, os hospitais privados também poderão integrar a rede, seguindo protocolos e até disponibilizando leitos, se houver necessidade. Profissionais da Saúde estadual vão reforçar os contatos com os serviços particulares para reforçar o alinhamento de estratégias e fluxos.
GB
plum